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Ninguém vence o pregão e São Paulo vai fazer nova licitação
xxDouglas Viudez, diretor de produção e serviços da empresa de informática do estado de São Paulo (a Prodesp), não conseguiu contratar a nova Intragov, a rede que interliga os órgãos públicos nas 645 cidades do estado. O contrato que a Prodesp tem com a Telefônica vence em 2011 e, para manter o serviço sem interrupção, Douglas precisava contratar o serviço logo.
xxEle conseguiu marcar o pregão para 1° de dezembro, às 9 horas, no auditório da própria Prodesp. O representante da Telefônica entregou uma proposta de preço ao pregoeiro, assim como o da Embratel. Mas o da Embratel não cumpriu o ritual pelo qual a empresa reafirma que sua proposta está de acordo com os termos do edital — e a operadora foi desclassificada.
xxO representante da Telefônica, por sua vez, baixou três vezes o preço inicial da proposta, mas nenhuma delas satisfez o pregoeiro, que decidiu suspender o pregão até sexta-feira, dia 4.
xxContudo, na sexta-feira, o pregoeiro cancelou o pregão. Ele não aceitou o valor mais baixo oferecido pela Telefônica, de R$ 9,5 milhões por mês, que estava, segundo ele, acima do que o governo pretende pagar.
xxNo edital, a Prodesp exigia uma velocidade máxima maior para a Intragov (de 2,5 Gbps, contra 1 Gbps antes); exigia que a operadora aceitasse ordens de serviço via portal, assim como colocasse no portal todas as informações sobre a gestão da rede; exigia ainda que a operadora colocasse, no mínimo, oito engenheiros dentro da Prodesp, além dos sistemas de gestão para que eles visualizassem toda a Intragov e resolvessem os problemas dali mesmo.
xxAgora, como o pregão foi cancelado, Douglas terá de fazer uma nova licitação, e pensa se vale a pena modificar o texto de alguns trechos do edital. Ele tem pressa porque, caso a Telefônica perca, o pessoal da Prodesp precisa de um ano e meio para trocar 15 mil circuitos de uma operadora para outra.