quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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O consórcio Termoeste cobra R$ 880 milhões do Banco do Brasil e da Caixa para construir um novo CPD.


##Em 16 de outubro, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram, por meio do Diário Oficial da União, que o consórcio Termoeste (composto pelas empresas BVA Investimentos, Termoeste e GCE) venceu a licitação para construir um novo CPD (ou datacenter). José Luís Salinas, vice-presidente de TI, logística e suporte operacional do Banco do Brasil, usará 4.200 metros quadrados do novo CPD, enquanto a equipe de TI da Caixa usará mil metros. O contrato é uma parceria público-privada (PPP); o consórcio gastará R$ 880 milhões, pagos pelo Banco do Brasil e pela Caixa ao longo de 15 anos.
##Além de construir o CPD e gerenciar a infraestrutura predial (serviços de energia elétrica, água, esgoto e circuito fechado de TV), o consórcio deve gerenciar duas conexões por fibras óticas independentes para cada banco. O consórcio tem até o final de janeiro de 2010 para começar a construção do CPD, que ficará num terreno do Banco do Brasil, em Brasília (DF). Pelo edital, depois de começar as obras, o consórcio precisa terminá-las em 510 dias.
##O Banco do Brasil e a Caixa pretendem pagar juntos, no máximo, R$ 3,4 milhões por mês. "Vamos ganhar em escala", diz Salinas. Sem uma PPP, o Banco do Brasil e a Caixa gastariam mais: ou construiriam um CPD com dinheiro próprio ou contratariam um CPD terceirizado, sendo obrigados a licitar o serviço a cada cinco anos. Recorrendo à PPP, os dois bancos evitam licitar o mesmo serviço a cada cinco anos, e evitam o risco de levar todas as máquinas de um CPD a outro. Se o contrato com o consórcio der certo, Salinas só se preocupará em contratar um novo CPD em 2025; ainda assim, ele poderá renovar o contrato com o consórcio por outros 15 anos.
##Quando o novo CPD estiver pronto, Salinas ajustará o modelo de processamento de dados do Banco do Brasil: vai tirar sistemas menos importantes do mainframe, onde hoje funcionam 70% de todos os sistemas, para organizá-los em servidores diferentes, conforme a importância. Assim, ele investe só o necessário em cada máquina e atende mais rápido as encomendas dos usuários. "Será uma oportunidade para melhorar a infraestrutura de TI do banco."
##Contudo, antes de assinar o contrato, os dois bancos precisam esperar o consórcio perdedor recorrer (ele é formado por Método Engenharia, Dalkia, MC, Grenit e Comercial de Hardware). O prazo para contestar a licitação termina sexta-feira (23).