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Usuários de redes sociais correm o risco da chantagem
##Quando o usuário visita um portal de relacionamento ou um portal de encontros (qualquer portal social), e navega no portal à vontade, talvez um dia veja um relatório completo de como ele navegou: que páginas visitou, por quanto tempo, em que sequência. Segundo Craig Wills, pesquisador do Worcester Polytechnic Institute (WPI), muitos portais sociais revelam informações em excesso para sistemas especializados em relatórios de navegação na Internet, como o Google Pagerank, o Alexa, o Compete, o Technorati.
##Quando o internauta se conecta a um portal social, diz Wills, ele recebe um número único do portal, e a partir dali ele navega pelo portal carregando esse número como um crachá. O número único aponta para todas as informações que o usuário forneceu ao portal social — nome, sexo, idade, profissão, endereço. Um programa como o Alexa ou o Technorati consegue produzir relatórios sobre como os usuários navegam em qualquer portal, mas sem identificar os usuários. Quando um programa desses obtém o número único, contudo, ele consegue associar a navegação à pessoa — ele sabe quem navegou como. O problema, diz Wills, é que a maioria dos portais sociais fornece esse número único aos sistemas especializados em relatórios de navegação.
##A empresa responsável pelo Alexa ou pelo Technorati talvez nunca divulgue um relatório desses, mostrando, por exemplo, como certo político famoso costuma ver o perfil de prostitutas; mas e se um funcionário dessa empresa não resiste à tentação?