quarta-feira, 12 de agosto de 2009

>> serviços
A Medidata aposta no governo e cresce


Os vendedores da Medidata vendiam bastante para as operadoras de telecomunicações. Vendiam equipamentos para redes de comunicações, para redes IP, para datacenters, para segurança da rede, para o sistema de faturamento e cobrança. Mas o vice-presidente da empresa, João Lara, achou melhor depender menos das operadoras e vender para outros tipos de clientes. Hoje, 40% da receita da Medidata vêm das operadoras de telecomunicações, seguidas pelas grandes empresas, e depois por utilities e governo. "Governo é a área que mais cresce na Medidata."
No ano passado, eles se empenharam em vender para governo e concessionárias de serviços públicos (utilities), além de empresas do setor de comércio, indústria, serviços e finanças. A estratégia era oferecer produtos para comunicação unificada e datacenters.
Para isso, João investiu em produtos para datacenter; treinou funcionários em produtos da Sun, Cisco e VMware; e montou um laboratório para os clientes conhecerem e testarem os equipamentos. No decorrer do ano, os vendedores conseguiram clientes importantes.
Num deles, os técnicos instalaram na Light uma rede IP capaz de suportar voz e dados e também instalaram 100 telefones IP. Em outro, os técnicos vão instalar 4 mil telefones IP na Eletronuclear (uma subsidiária da Eletrobrás) e dar manutenção e suporte na rede por quatro anos. Com o projeto, a Eletronuclear quer interligar as chamadas entre o escritório de Brasília e os complexos Angra I e II, Mambucaba e Praia Brava.
No primeiro trimestre de 2009, os clientes dos outros setores compraram menos, mas o governo continuou investindo. "Estamos abaixo do esperado em indústria e em telecomunicações, mas estamos bem no que se refere a comércio, serviços e governo." Por causa das vendas para esses segmentos, em 2008, a Medidata teve um crescimento de 50,38% na receita líquida.