quarta-feira, 23 de setembro de 2009

>> pesquisa – I
A RNP inaugura a rede metropolitana de Aracaju, mesmo sem conectar todas as instituições...


##Na tarde de segunda-feira passada, 14, Dilton Dantas de Oliveira, coordenador de rede da Universidade Federal de Sergipe, foi ao Centro de Convenções de Sergipe para ver de perto dois políticos (Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia, e Marcelo Déda, governador de Sergipe) na inauguração da Rede Metropolitana de Aracaju (Metroaju). Desde o início do ano, Dilton aguardava essa inauguração; ele pretendia demonstrar a velocidade da rede usando um sistema de videoconferência, mas não teve tempo de preparar nada. "Ainda nem conectamos todas as instituições à rede."
##Dilton é o coordenador técnico da Metroaju desde 2005, quando a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) aprovou o projeto, porque ele interligaria quatro instituições importantes para o estado: a Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, o Centro de Pesquisa Agropecuária de Tabuleiros Costeiros e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe.
##Desde então, ele ajudou a RNP a contratar uma empresa para instalar os 28,7 quilômetros de cabos de fibras óticas, alugar os postes da Energisa para passar os cabos, instalar switches e roteadores, e configurar a rede. Essas tarefas todas só terminaram em fevereiro de 2009. "Tenho que dividir meu tempo entre trabalhar na universidade e coordenar a rede."
##Dilton e seu pessoal só em março instalaram as primeiras conexões com a Metroaju e, até agora, conseguiram oferecer 1 Gbps para os pesquisadores da UFS e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe. Para conectar a Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, que está a 15 quilômetros da Metroaju, Dilton terá de instalar uma conexão por rádio, mas aguarda a RNP comprar os equipamentos. "Só o aluguel dos postes ficaria mais caro que o enlace de rádio."

>> pesquisa – II

... e as quatro instituições discutem como gerenciar e dividir os custos para manter a rede.


##Até agora, a RNP já investiu cerca de R$ 395 mil para implementar a Metroaju, com dinheiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Contudo, ao final do projeto, as quatro instituições conectadas terão de contratar uma empresa para manter a rede. Pelo projeto inicial, Dilton estima que o contrato de manutenção custará cerca de R$ 10 mil por mês; cada instituição pagará no máximo R$ 3 mil. "Sairá bem mais barato do que pagar pelos enlaces de rede das operadoras." Juntas, as instituições devem economizar cerca de R$ 6 mil por mês, além de substituir os enlaces de rede de 4 Mbps por outros de 1 Gbps.
##Mas, antes disso, elas ainda precisam formalizar um convênio e criar um modelo de gestão para a Metroaju, para depois licitar o serviço de manutenção. "Sem esse modelo, não dá para definir a contribuição de cada um." Nas reuniões do comitê gestor, os representantes discutem como nomear a UFS como gestora da Metroaju: nesse modelo, as outras instituições repassariam a verba todo mês à UFS. Caso as instituições assinem o convênio logo, Dilton planeja contratar uma empresa para conectar o Centro de Pesquisa Agropecuária de Tabuleiros Costeiros e a Escola Agrotécnica à Metroaju; assim, terminará o projeto mais rápido. "Mesmo com a rede pronta, não há prazo para estabelecer esse modelo."