quarta-feira, 22 de abril de 2009

>> plc – I
A Anatel aprova o regulamento para banda larga pela rede elétrica...


Em 8 de abril, Ronaldo Sardenberg, presidente da Anatel, aprovou a resolução nº 527, que autoriza as distribuidoras de energia elétrica a usar o espectro de 1,705 MHz a 50 MHz para oferecer banda larga pela rede elétrica (PLC). No entanto, o sistema PLC só poderá funcionar em caráter secundário — por exemplo: caso o sistema PLC interfira em alguma das 15 faixas de frequência da Aeronáutica, a distribuidora, ao aviso da Anatel, terá de desligar o sistema PLC imediatamente. Mas a distribuidora não pode deixar os clientes sem o serviço. "Assim como as outras empresas que fornecem banda larga", diz Geraldo Guimarães, presidente da BPL Global, integradora de redes PLC, "as distribuidoras terão que oferecer um segundo modo de comunicação para os clientes."
Nenhuma distribuidora ainda tentou montar uma rede 100% PLC, ou seja, uma rede pela qual a distribuidora transmita dados da subestação de energia elétrica até a casa do cliente. Para montar uma rede assim, a distribuidora teria de instalar muitos repetidores — além da rede redundante, para o caso de desligamento compulsório. "Implementar uma rede 100% PLC é caro", diz Geraldo. Numa rede 100% PLC, milhares de clientes disputam entre si 100 Mbps (o limite atual da tecnologia). Orlando César de Oliveira, consultor de telecomunicações da Companhia Paranaense de Energia (Copel), diz que a capacidade de uma rede 100% PLC "é muito baixa".

>> plc – II

... enquanto a Copel tenta implementar uma rede PLC mais rápida...


Na Copel, Orlando organiza projetos piloto desde 2001. Está montando agora um projeto piloto em Santo Antônio da Platina (PR): linhas de transmissão de dados convencionais levam as informações até o transformador perto da casa do cliente. No transformador, Orlando instala um modem PLC. A partir desse modem, as informações chegam à casa do cliente pela rede elétrica de baixa tensão. Um único modem atende, em média, 50 casas, pois cada transformador atende em média 50 casas. Dentro da casa do cliente, Orlando instala outro modem PLC, que retira as informações da energia elétrica e as entrega ao computador do cliente, por meio de porta ethernet ou rádio Wi-Fi. Na prática, umas 50 casas compartilham os 100 Mbps.
Quando Orlando começou a montar o piloto, em dezembro de 2008, queria conectar os primeiros 300 usuários de PLC da cidade até o final de janeiro de 2009. No entanto, os técnicos da Copel fizeram os primeiros testes e a velocidade de conexão só chegava a 512 kbps. A rede elétrica não transmitia bem o sinal até o cliente. Orlando mandou os técnicos verificar 740 ligações entre os transformadores e os clientes. Eles trocaram fios, conectores, refizeram ligações. O trabalho todo demorou três meses. "A manutenção na rede elétrica", diz Orlando, "será necessária sempre para manter a qualidade do PLC."
Em abril, os técnicos da Copel instalaram os primeiros equipamentos da rede de PLC em Santo Antônio da Platina. Os clientes usarão o serviço de graça, só para testar. Se a primeira fase do piloto der bons resultados, Orlando vai estendê-lo a outros clientes da Copel. "Podemos implementar o PLC para 3 mil ou 10 mil clientes, dependendo da qualidade."

>> plc – III

... e pensa numa estratégia para competir com as operadoras.


Só quando a segunda fase desse projeto piloto estiver concluída, no final de 2009, Orlando escreverá um plano de negócios completo para a Copel. Em tese, a Copel pode vender serviço de banda larga para 3,5 milhões de casas. Contudo, a Copel terá de competir com outras empresas que vendem banda larga, e que já amortizaram os investimentos. "Quero oferecer uma banda larga melhor e mais barata que a das operadoras."
Até agora, a primeira fase do projeto piloto custou à Copel R$ 1 milhão. Orlando está usando as fibras óticas já instaladas pela Copel ao longo das linhas de transmissão de energia. Antes de levar o serviço PLC a todas as casas, diz Orlando, a Copel terá de instalar mais fibras óticas, mais repetidores de sinais PLC, mais modens. Talvez a Copel gaste US$ 500 milhões para vender serviço PLC em todo o Paraná. Com o serviço PLC funcionando só na rede de baixa tensão, a Copel reduz o risco de interferir em outros equipamentos e de ser obrigada a desligar a rede PLC. "Não haverá argumentos para tirar o PLC do ar."
Antes de passar à segunda fase do projeto piloto, Orlando precisa esperar a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); ela organizou uma consulta pública, e só deve divulgar o resultado no dia 13 de maio.
>> gestão de telecom – I
O Itaú se cansa de esperar pelo reembolso das cobranças indevidas...


Antonio Carlos Ferreira, superintendente de sistemas do Itaú, confere as faturas de telefone e percebe que alguns telefones não pertencem ao banco. Todo mês ele encontra erros nas faturas; e todo mês discute com as operadoras.
O banco, na maioria das vezes, paga o total da conta e depois um funcionário fica em cima da operadora para reaver o valor cobrado indevidamente. É e-mail para lá, documento para cá; e a operadora falando que a cobrança está certa. Em alguns casos, o funcionário do Itaú ligou para o telefone errado, só para ver quem atendia, só para provar ao funcionário da operadora que o telefone não era do Itaú. Às vezes, diz Antonio, o banco só recupera o dinheiro depois de um ano.
Em outros casos, o banco cancela o pagamento da conta inteira até acertar com a operadora as cobranças indevidas. Mas se o Itaú reconhece que 98% estão certos, é injusto deixar de pagar os 100% por causa de 2%, assim como é injusto pagar os 100% junto com os 2%. O banco, diz Antonio, pretende ser justo. "Se reconhecemos que os 98% estão certos, eu poderia pagar esses 98% e discutir os 2% depois." Há dois anos, Antonio tenta adotar a impugnação eletrônica de contas com a Telefônica.

>> gestão de telecom – II

... e testa a contestação eletrônica com a Telefônica...


Em maio do ano passado eles começaram os trabalhos. Num ambiente de testes, a operadora colocou um código na fatura, que permitiu ao Itaú acessar o sistema de contestação eletrônica. O sistema dispara a reclamação do banco dentro da Telefônica, e avisa as pessoas sobre o provável erro na cobrança. A Telefônica, explica Antonio, já usa um sistema de contestação — ela só abriu uma porta para o Itaú. Eles ajustaram os sistemas, testaram os enlaces de comunicação e a troca de arquivos. Tudo funcionou.
Então, em novembro de 2008, Antonio deu o OK para a Telefônica começar os testes no ambiente de produção do Itaú. Se tudo desse certo, em abril eles fariam a primeira contestação eletrônica oficial — e Antonio poderia apresentar o modelo de contestação eletrônica aos bancos, na reunião da Febraban marcada para 24 de abril. "Toda empresa com mais de mil ramais terá interesse em usar nosso modelo de contestação eletrônica."
Mas houve uma reorganização dentro da Telefônica.

>> gestão de telecom – III

... mas a operadora muda os técnicos do projeto, pela quarta vez.


Pela quarta vez, a Telefônica mudou os técnicos que acompanham o projeto. Para Antonio, um projeto desses só leva dois anos para entrar em produção justamente porque, dentro da Telefônica, ocorrem reestruturações mais de uma vez por ano. "Toda vez que a equipe muda, temos de explicar tudo de novo."
Agora, a operadora pediu mais um tempo para se organizar, e só vai apresentar a nova equipe em 15 de maio. Assim que conhecer o pessoal novo, Antonio conclui o projeto e cria um modelo oficial de contestação eletrônica, para ser aprovado na Febraban. Talvez ele aproveite algo do sistema de contestação eletrônica usado pela Caixa Econômica Federal.
Antonio já apresentou o modelo de contestação eletrônica do Itaú para Telemar, Brasil Telecom, Embratel, Sercomtel e CTBC. Contudo, a Telemar e a Brasil Telecom congelaram os projetos, por causa da compra pela Oi; e as outras operadoras não se interessaram.
>> fórum ti & utilities - I
A Companhia Energética de Brasília instala GPS nos PDAs


Em outubro de 2008, os diretores da Companhia Energética de Brasília (CEB) avisaram Agustinho Rosa, superintendente de informática, que precisavam registrar as coordenadas geográficas de todos os clientes. É uma exigência da Aneel, cujo prazo termina em dezembro. O custo para levantar os dados era alto: os técnicos da CEB precisavam levar um GPS até os 802 mil clientes e anotar as coordenadas em papel, para depois inserir os dados no sistema.
Todo mês, técnicos de uma empresa terceirizada de serviços (a Tellus) verificam os medidores dos clientes e registram os dados no sistema da CEB através do PDA. Assim, eles mantêm os sistemas de clientes e de faturamento da CEB sempre atualizados. Se eles pudessem usar o mesmo PDA para inserir as coordenadas, a CEB gastaria menos para cumprir a exigência da Aneel.
Depois de estudar o assunto, Agustinho e o pessoal da Tellus chegaram a um acordo: é possível. Em novembro de 2008, a equipe de TI da CEB instalou placas de GPS e adaptou o sistema dos PDAs de seis técnicos da Tellus. Eles testaram o sistema durante três meses na cidade de Guará, cidade-satélite de Brasília. Durante o piloto, os técnicos registraram as coordenadas geográficas de quase todos os clientes de Guará (cerca de 20 mil). Quase todos, porque, "dependendo de onde está o medidor do cliente", diz Agustinho, "o sinal do GPS some." É o que acontece em prédios onde o medidor fica no subsolo. Para resolver o problema, os técnicos da CEB desenvolvem um algoritmo para calcular a coordenada geográfica do medidor, levando em conta a última coordenada antes de perder o sinal do GPS.
A equipe de TI terminou o piloto em março de 2009 e, enquanto melhora o sistema, Agustinho negocia com a diretoria da CEB e com a Tellus o melhor jeito de instalar GPS em mais 220 PDAs. No futuro, diz Agustinho, a CEB conseguirá acompanhar o trajeto do pessoal da Tellus em tempo real. Conseguirá planejar rotas mais eficientes. "Se o técnico sair do roteiro programado", diz Agustinho, "temos como confrontá-lo." Agustinho planeja comprar o novo sistema até setembro.

>> fórum ti & utilities – II

Como foi o evento


Entre 26 e 29 de março, um grupo de 35 executivos que administram a informática nas concessionárias de serviços públicos viajou para a praia de Guarajuba, na Bahia, para participar do Fórum TI & Utilities 2009, organizado pela Plano Editorial.
Os executivos conversaram sobre os desafios de informática e gestão nas concessionárias de serviços públicos; assistiram a um painel de debates com os gestores de TI da Companhia de Gás do Estado do Mato Grosso do Sul (MSGás), Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Além disso, se reuniram com diversos fornecedores de TI: Bearing Point, Eagle’s Flight, Elucid, Furukawa/Lantele, IBM, IFS, Logica, Oracle Utilities, Politec, Polycom, SAS e SAP/Finity.
>> e-democracia
Os técnicos de Santa Catarina transformam o celular em urna eletrônica


Os técnicos do centro de informática de Santa Catarina (Ciasc) transformaram um celular numa urna eletrônica. A partir de um aplicativo de gestão de mensagens de texto (SMS), eles desenvolveram um sistema capaz de receber e computar votos.
Eles pretendem dar ao cidadão a chance de participar dos planos do governo — o que chamam de democracia direta digital. Em geral, os governantes colocam vários serviços à disposição do cidadão na Internet; mas o cidadão não pode ajudar a decidir qual deve ser o número de senadores no Congresso.
Com o sistema, os cidadãos podem enviar uma mensagem de texto para o número do celular que funciona como urna. (Sim, um celular, na mão do responsável pela votação, funciona como urna.) Eles digitam três caracteres, por exemplo 001. O primeiro zero avisa ao sistema que aquilo é um voto; o segundo, indica qual é a pesquisa; e o 1, representa a escolha do cidadão.
No ano passado, os técnicos testaram o sistema em três votações: na abertura do Conip (um evento para funcionários do governo), na avaliação do Secop (um seminário sobre informática no governo), e num programa de TV, para saber se o Dunga deveria continuar como técnico da seleção brasileira de futebol.
O sistema permite que as respostas sejam sim ou não, ou de múltipla escolha (001 para ótimo, 002 para bom, 003 para regular). Também é possível configurar o sistema para aceitar apenas um voto por celular. Na pesquisa sobre o Dunga, a maioria prefere que ele saia da seleção brasileira. Mas só mil pessoas votaram.
Durante as pesquisas, com poucos votos, o sistema funcionou bem. Agora, os técnicos o colocaram à disposição no portal de software livre do governo federal. Ele funciona em celulares equipados com o Windows Mobile 6.1 — os técnicos desenvolvem versões para Android, Symbian e Linux.
Para ser usado em grandes pesquisas, como nas eleições políticas, os técnicos teriam de dividir as votações em várias urnas (ou vários celulares), por zonas eleitorais. Além disso, teriam de instalar criptografia e criar um sistema de senhas para garantir a identidade de cada cidadão. Mas, ainda assim, não teriam como garantir que o dono do celular votou livre de coações, em segredo, como manda a lei.
A tecnologia está pronta para a votação por celular, mas as pessoas ainda não, concluíram os técnicos. Contudo, no final de abril, o governo de Santa Catarina pode usar o sistema para fazer um diagnóstico do turismo no estado, para saber até que ponto os turistas estão contentes com os pontos turísticos.
>> integração de sistemas - I
A Informatica Corporation quer vender para o governo...


Carlos André, diretor-geral da Informatica Corporation para a América Latina, quer vender para o governo, porque o governo usa muitos sistemas diferentes e precisa interligar várias bases de dados espalhadas. A Informatica produz sistemas de integração. "Meu grande problema é a quantidade de oportunidade versus a capacidade de explicar e entregar."
Os produtos da Informatica estão presentes no Brasil desde 2000, revendidos pela distribuidora Softtek. Contudo, em 2006, Carlos foi contratado como diretor para formalizar a entrada da empresa no país. No final de 2007, ele estruturou uma área de treinamento dentro da Softtek; e, no começo de 2008, criou na própria Informatica uma área de suporte técnico e outra de verificação de qualidade. Mas só em outubro de 2008 ele montou o escritório próprio da empresa, onde hoje trabalham 25 pessoas.
Carlos selecionou 20 empresas para atender diretamente, das quais dez já são clientes: Caixa Econômica Federal, Banco Central, Vivo, Claro, Oi, Santander, Bradesco, Itaú, Serasa e Natura. No setor público, ele quer atender órgãos do governo federal — e participar de "projetos grandes e estratégicos", como o do Banco Central. Lá, o produto da Informatica faz parte de um sistema que verifica toda transação bancária acima de R$ 10 mil; na Caixa Econômica Federal, o produto ajudará a interligar diferentes registros de um mesmo correntista.

>> integração de sistemas - II

... mas só por revendedores.


Mas fora da lista das 20 empresas, quem se relaciona com os clientes é a Softtek; ela tem sete escritórios no Brasil, inclusive um em Brasília. A Informatica não tem um escritório em Brasília nem vendedores para o governo; quem acompanha o atendimento aos clientes do setor é o diretor de canais, Valdeni Novaes.
A Informatica deve manter a Softtek como único distribuidor, pois Carlos acredita que mais importante do que o número de canais é a quantidade de pessoas dedicadas ao produto. Segundo ele, 50 funcionários da Softtek estão dedicados à Informatica, contando desde os vendedores até os profissionais da assistência técnica.
A Softtek já vendeu produtos da Informatica para Furnas, BNDS, Ministério de Minas e Energia, Tribunal de Contas da União, Ministério do Trabalho, Proderj e Ministério da Indústria e Comércio.
>> mercado – I
A 3Com decide fechar mais contratos com grandes empresas no Brasil...


Desde que Ron Sege assumiu a presidência mundial da 3Com, em setembro de 2008, decidiu que todas as filiais no mundo deveriam seguir o exemplo da China, responsável por 50% do faturamento mundial: priorizar os projetos em grandes clientes, para depois atender os médios e pequenos. "Depois que aprendemos a implementar grandes projetos", diz Sege, "fica mais fácil atender empresas menos complexas." No Brasil, a maior parte dos clientes da 3Com são empresas médias e pequenas; por conta disso, dos 55 integradores que vendem produtos da 3Com, só cinco atendem empresas grandes. "Para atender empresas grandes, precisamos de integradores grandes."
Para adaptar a filial brasileira à estratégia mundial da 3Com, Adriano Gaudêncio, presidente para o Brasil, começou a procurar integradores com o mesmo perfil dos outros cinco. No entanto, credenciar novos integradores demora e custa caro. "Como existem diversas linhas de produtos", diz Antônio Mariano, diretor de tecnologia, "precisamos treinar e certificar todos os integradores." Se Adriano esperasse pelos novos integradores, poderia não atender as metas de faturamento para o ano fiscal de 2009, que termina em maio.

>> mercado – II

... adota um sistema de análise estatística de dados...


Para ajudar seus cinco integradores, Adriano decidiu usar um sistema de análise estatística de dados (business intelligence) para indicar quais projetos os CIOs das grandes empresas planejam e em quais deles os integradores da 3Com têm maior chance de participar — inclusive grandes projetos do governo. A própria equipe de vendas da 3Com (que se relaciona com os integradores) passou a visitar esses CIOs, inserir os dados sobre os projetos no sistema e analisá-los, de acordo com os produtos da 3Com. Depois, eles direcionam cada oportunidade de negócio para o integrador com maior chance. "Nosso objetivo", diz Adriano, "é criar 50 oportunidades de projetos de R$ 600 mil para os integradores, toda semana."
Em paralelo, ele procura novos integradores e capacita os atuais para implementar projetos com os novos produtos que a 3Com desenvolveu na China e está trazendo para o Brasil em 2009, como equipamentos de vigilância por meio de câmeras IP, switches e roteadores para redes ethernet metropolitanas e para grandes CPDs, além de um software para gerenciar o desempenho da rede.

>> mercado – III

... e fatura 37% a mais com projetos para empresas grandes.


Depois de receber mais informações sobre os projetos de TI e telecom das grandes empresas, os integradores da 3Com assinaram mais contratos. Por exemplo, vão renovar a infraestrutura de rede de todas as agências do Itaú, trocar o switch dos dois CPDs dos Correios, implementar redes sem-fio em todos os aeroportos da Infraero, fornecer os switches para a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), implementar uma rede de fibras óticas para conectar todos os órgãos públicos do governo situados em Fortaleza. Com isso, a 3Com faturou 37% a mais com grandes empresas entre dezembro de 2008 e fevereiro de 2009, comparando com o trimestre anterior.
No ano fiscal de 2009, a 3Com precisa crescer 20% — a maior parte da nova receita precisa vir de empresas grandes. Para ajudar, Sege visitou o Brasil na semana passada e apresentou a nova estratégia da 3Com para oito clientes. "O Brasil é o primeiro lugar no mundo", diz Sege, "onde apresento nossa estratégia aos clientes."
>> virtualização
Nem sempre é aconselhável comprar a tecnologia


Um dos clientes da Hitachi Data Systems já não aguentava mais o sistema de tarifação e cobrança (billing), de 20 terabytes. Seus técnicos precisavam de dois dias só para concluir as manobras de backup — então, se acontecesse um acidente grave, eles conseguiriam recuperar as informações de dois dias atrás. O cliente pensou em virtualizar todo o armazém de dados, e cometeu um erro típico do primeiro estágio de projetos de virtualização. "Ele pediu SLA bom para quase todas as características do sistema virtualizado", diz Marcello Bosio, gerente técnico da HDS. Quando viu a conta, contudo, o cliente quase desistiu.
Bosio ajudou o cliente a repensar a virtualização. Ajudou o cliente a criar objetivos de qualidade sem levar em conta a tecnologia e os interesses do fornecedor, mas levando em conta uma regra básica: quanto mais ambicioso o objetivo, mais caro. O cliente seguiu o conselho. Desistiu de comprar, mas, em vez disso, decidiu alugar um sistema de virtualização e um armazém de dados de menor porte. Iria usá-los só para apoiar umas manobras, para reformar o armazém maior, reformatá-lo.
A HDS instalou o armazém menor, que interligou ao armazém do sistema de tarifação, e instalou também o sistema de virtualização. Os técnicos criaram uma série de regras automáticas, disparadas por certos eventos no armazém de 20 terabytes — algo como "se o evento X acontecer, inicie as manobras Y e Z". Por uns meses, eles observaram as manobras automáticas, enquanto lidaram eles mesmos, manualmente, com discos físicos, discos lógicos e tabelas.
No final de 2008, com o armazém maior reformado, a HDS desinstalou o sistema de virtualização e o armazém menor. O sistema de billing ficou 25% mais rápido. Só isso, diz Bosio, pagou os meses de aluguel e as horas de consultoria. Como extra, o cliente ficou com relatórios detalhados sobre como instalar e desinstalar a virtualização do armazém de 20 terabytes — o que será útil no futuro.
>> evento
O Fórum TI & Governo 2009 acontece em maio


A Plano Editorial prepara a sexta edição do Fórum TI & Governo, que acontece no Vila Galé Marés Resort, na praia de Guarajuba, na Bahia, de 14 a 17 de maio.
Durante o evento, 65 profissionais de informática (de órgãos e empresas estaduais e federais) conversarão sobre gerência de informática, aplicações da informática e gerência de recursos humanos. Eles também vão participar de palestras, jogos corporativos e reuniões com fornecedores de serviços e produtos feitos para governo.