quarta-feira, 18 de novembro de 2009

>> computação paralela
Bull e Petrobras montam o maior computador da América Latina — com 250 teraflops.

xxA Bull vendeu o maior supercomputador da América Latina até agora — por US$ 2 milhões. O comprador é o centro de pesquisas da Petrobras (Cenpes). Alberto Lemos Araújo Filho, presidente da Bull, organiza seu pessoal para que a instalação comece em dezembro.
xxO supercomputador terá 1.100 processadores Intel (para os cálculos) e 120.000 processadores Nvidia (para o tratamento de imagens em três dimensões). O pessoal do Cenpes pretende usar os 250 teraflops do novo supercomputador para criar ambientes de realidade virtual — e simular operações complicadas ou perigosas antes de arriscar equipamentos, consumíveis e gente de verdade.
xx(Se quisesse a loucura de empregar pessoas para calcular num segundo o que esse novo supercomputador calcula, o Cenpes teria de empregar 25 trilhões de pessoas, cada uma delas com uma calculadora comum; teria de esperar a população da Terra crescer 3.600 vezes...)
xxInstalar e fazer a nova máquina funcionar é a parte fácil do projeto, diz Alberto. Logo depois, vem a parte difícil: escrever software para tantos processadores em paralelo. “Toda a programação precisa ser diferente.” Software escrito para computadores comuns não aproveita as características de computadores paralelos. (Assim como, para empregar 25 trilhões de pessoas com sucesso, o Cenpes teria de colocar bilhões de pessoas para organizar as rodadas de cálculos, distribuir contas para cada pessoa e recolher os resultados.)
xxEsse projeto representa o que Alberto espera de seu pessoal em 2010 — gente capaz de fechar negócios difíceis de pôr em prática, mas que, uma vez em prática, deem bons ganhos para a Bull e para o cliente.