quarta-feira, 18 de novembro de 2009

>> crise
A Samsung deve vender quatro lotes de computadores antes de montá-los no Brasil

xxEm junho de 2009, Ricardo Miranda, diretor da divisão de TI da Samsung, participou de uma reunião com Gee-Sung Choi, chairman mundial, que visitava o Brasil. Ricardo explicou ao chefe e à sua comitiva como a Samsung Brasil lançaria notebooks e netbooks no Brasil — pela segunda vez. (Na primeira vez, em 2008, Choi aprovou os planos, mas veio a crise e em seguida Choi cancelou os planos.)
xxRicardo conseguiu autorização para importar quatro lotes de computadores e, se vender o suficiente até março de 2010, espera fabricar computadores no Brasil. Ele escolheu três modelos de notebooks e dois de netbooks. Enquanto os primeiros lotes não chegavam, entrou com a papelada para incluir os novos produtos no Processo Produtivo Básico (em troca de isenções fiscais) e se reuniu com outros diretores para planejar as novas linhas de produção. “Vamos importar todas as peças e montar os produtos aqui.” Como não havia mais espaço para mais funcionários e para mais linhas de produção na fábrica de monitores, em Campinas, Ricardo e seus colegas transferiram a fábrica de monitores para Manaus, e abriram espaço em Campinas para a fábrica de computadores.
xxEm outubro, chegou o primeiro lote, mas Ricardo esperou a primeira semana de novembro para vendê-lo — é mais fácil assim, perto do Natal. “Queremos ser a novidade deste final de ano para os consumidores.” Antes de anunciar os novos produtos na mídia, o primeiro lote já estava vendido.
xxRicardo entregou, na semana passada, os primeiros computadores aos distribuidores e varejistas. “Daqui a cinco anos”, diz Ricardo, “os notebooks e netbooks devem responder por metade do faturamento da Samsung.”