terça-feira, 13 de janeiro de 2009

>> fiscalização - II
... para monitorar as vagas...

Desde que a CET criou a Zona Azul em 1976, os bilhetes são vendidos da mesma forma: o motorista compra o bilhete no comércio próximo à vaga onde quer estacionar e preenche a data e o horário à tinta. O bilhete deve ficar num lugar visível, dentro do carro. “Só conseguimos multar os veículos irregulares”, diz Celso, “quando um marronzinho percebe que o motorista não comprou o bilhete ou o horário preenchido já passou.” Além disso, se o motorista compra o bilhete de um flanelinha, paga mais do que o bilhete custa — R$ 1,80.Como Celso não consegue controlar os papéis nem os flanelinhas, em 2006 imaginou outras formas de vender bilhetes. Organizou uma consulta pública e divulgou um documento com as funções que o sistema deveria ter, entre elas: os motoristas deveriam comprar crédito direto com a CET, por meios eletrônicos. Na época, Celso se reuniu com 40 empresários.Em abril de 2006, Celso organizou o primeiro piloto com 572 vagas na região da Praça Charles Miller: o usuário vai até o comércio próximo da vaga, compra os créditos, o atendente digita a placa e o valor num software, que envia as informações para o servidor da CET. Como funcionou bem, Celso instalou o mesmo sistema no Largo do Arouche (408 vagas) e no Aeroporto de Congonhas (150 vagas). “Não estou comparando os sistemas”, diz Celso. “Quero oferecer várias opções aos usuários, inclusive o bilhete em papel.”Celso não gastou nada para implantar os sistemas; ele assinou um termo de cooperação com os fornecedores. Em junho, Celso assinará um contrato com os fornecedores dos sistemas aprovados, um contrato semelhante ao usado com distribuidores de bilhetes da Zona Azul: a CET pagará 15% sobre o valor das transações realizadas por meio do sistema. Em troca, os fornecedores emprestam equipamentos, desenvolvem software, fazem a manutenção. A CET fiscaliza 33 mil vagas de Zona Azul em São Paulo.