quarta-feira, 11 de março de 2009

>> encontro com clientes
Safra Catz, presidente da Oracle, ainda promete integrar sistemas.

Luiz Meisler, vice-presidente da Oracle para a América Latina, não queria falar de crise durante o Oracle Open World, evento da Oracle para parceiros e clientes, que começou ontem, 10, em São Paulo. “Vamos falar de oportunidades.” Para ele, os gestores de TI precisam aproveitar a crise para ajudar as empresas a reduzir custos, conhecer melhor os clientes e gerenciar os riscos do negócio. “Agora, a Oracle tem soluções para todos os segmentos de negócios.”Comprar outras empresas é uma estratégia antiga: quando Safra Catz, hoje presidente mundial, foi contratada pela Oracle em abril de 1999, já notava que os clientes gastavam demais para interligar sistemas e máquinas de fabricantes diferentes. “Os clientes”, diz Safra, “começaram a pedir os sistemas que queriam e integrá-los passou a ser problema nosso.”Nos últimos quatro anos, a Oracle comprou cerca de 40 empresas menores, fabricantes de sistemas para diversos segmentos, como construção civil, telecomunicações, varejo e bancos. Durante a abertura do evento, Bhaskar Gorti, vice-presidente e diretor-geral da Oracle Communications, mostrou um mapa dos sistemas que cada segmento utiliza. Cada um deles foi representado por um quadrado e interligado aos outros: na maioria dos segmentos, havia vários quadrados laranja (que representam os sistemas que a Oracle já oferece) e alguns em branco. “Para completar esses espaços”, diz Bhaskar, “faremos parcerias ou compraremos outras empresas.”No entanto, uma parte dos sistemas de empresas que a Oracle comprou desde 2005 ainda não foi integrada. “É um plano de longo prazo”, diz Luiz. Conforme os técnicos integram os sistemas, os gestores reduzem o custo total de propriedade (TCO) da infraestrutura de TI. Além disso, diz Safra, em vez de só automatizar processos de negócio, os gestores poderão extrair dados sobre os negócios, como se trabalhassem num único sistema. “Chegou a hora de dar informações para quem toma decisões.”Como a Oracle sempre vendeu bem para órgãos de governo (especialmente o banco de dados), planeja dar ainda mais atenção a órgãos de governo este ano, em função da crise e da crescente intervenção estatal nos mercados mundiais. Além disso, integração sempre foi problema grave no governo.