quarta-feira, 22 de abril de 2009

>> virtualização
Nem sempre é aconselhável comprar a tecnologia


Um dos clientes da Hitachi Data Systems já não aguentava mais o sistema de tarifação e cobrança (billing), de 20 terabytes. Seus técnicos precisavam de dois dias só para concluir as manobras de backup — então, se acontecesse um acidente grave, eles conseguiriam recuperar as informações de dois dias atrás. O cliente pensou em virtualizar todo o armazém de dados, e cometeu um erro típico do primeiro estágio de projetos de virtualização. "Ele pediu SLA bom para quase todas as características do sistema virtualizado", diz Marcello Bosio, gerente técnico da HDS. Quando viu a conta, contudo, o cliente quase desistiu.
Bosio ajudou o cliente a repensar a virtualização. Ajudou o cliente a criar objetivos de qualidade sem levar em conta a tecnologia e os interesses do fornecedor, mas levando em conta uma regra básica: quanto mais ambicioso o objetivo, mais caro. O cliente seguiu o conselho. Desistiu de comprar, mas, em vez disso, decidiu alugar um sistema de virtualização e um armazém de dados de menor porte. Iria usá-los só para apoiar umas manobras, para reformar o armazém maior, reformatá-lo.
A HDS instalou o armazém menor, que interligou ao armazém do sistema de tarifação, e instalou também o sistema de virtualização. Os técnicos criaram uma série de regras automáticas, disparadas por certos eventos no armazém de 20 terabytes — algo como "se o evento X acontecer, inicie as manobras Y e Z". Por uns meses, eles observaram as manobras automáticas, enquanto lidaram eles mesmos, manualmente, com discos físicos, discos lógicos e tabelas.
No final de 2008, com o armazém maior reformado, a HDS desinstalou o sistema de virtualização e o armazém menor. O sistema de billing ficou 25% mais rápido. Só isso, diz Bosio, pagou os meses de aluguel e as horas de consultoria. Como extra, o cliente ficou com relatórios detalhados sobre como instalar e desinstalar a virtualização do armazém de 20 terabytes — o que será útil no futuro.