quarta-feira, 6 de maio de 2009

>> gestão de crise
A Cimcorp cresce 20% em 2008 e ameaça crescer 50% em 2009


Tadeu Fucci, o presidente da Cimcorp, planejava fazer com que a Cimcorp crescesse 20% em 2009. Mas o pessoal da Cimcorp vendeu, nos primeiros quatro meses do ano, o suficiente para cumprir 40% da meta, ou seja, a Cimcorp cresceu 8% desde o dia 1º de janeiro. "Isso sinaliza um crescimento de 50% em 2009."
Ao longo de 2008, a Cimcorp contratou 16 pessoas, abriu uma nova filial (em Vitória), criou uma unidade de negócios só para cuidar de serviços, melhorou as relações com revendedores — e parou de usar expressões em inglês. No começo de 2008, Tadeu propôs aos clientes: eu assumo sua infraestrutura de TI inteira, ou assumo parte dela; eu assumo também os serviços associados à infraestrutura, como a assistência técnica ao usuário; e você me paga uma mensalidade fixa por usuário. Primeiro, chamou esse novo serviço de Infrastructure as a Service (IaaS). Agora, a Infrastructure as a Service virou o Programa de Apoio à TI (ProaTI). Tadeu e equipe criaram várias versões do ProaTI, para responder a vários problemas, em empresas de vários tamanhos. Todas as versões incluem uma pitada de hardware, uma de software e uma de serviços — o que distingue uma versão da outra é o tamanho de cada pitada. Como resultado, a Cimcorp conseguiu 28 novos clientes em 2008, cresceu 20%, e faturou R$ 170 milhões. Um desses novos clientes é a Telefônica: sempre que um cliente da Telefônica pede ajuda com a infraestrutura de TI, esteja em qualquer país das Américas, a Telefônica abre um chamado na Cimcorp, e o pessoal da Cimcorp resolve o problema em nome da Telefônica.
Tadeu atribui parte do sucesso até agora aos sócios, Bank of America e ABN Amro Capital. Os dois bancos compraram 37% da Cimcorp em 2005, e desde então interferem na gestão. Para trabalhar com executivos do setor bancário, diz Tadeu, o pessoal da Cimcorp aprendeu a "explicar o porquê de cada coisa". Os bancos exigiram retorno rápido do investimento aplicado, e por isso a Cimcorp se reorganizou, ficou mais rápida, mais enxuta. Mas os bancos não trouxeram novos clientes, como haviam prometido. Em 2008, Tadeu propôs comprar de volta a parte dos dois bancos. Os dois aceitaram. Até maio de 2009, a Cimcorp volta a ser uma empresa 100% brasileira, e Tadeu promete usar o que aprendeu até agora com os bancos, mais a liberdade, para buscar os 50%.