>> pesquisa fgv – I
Na média, de cada três habitantes, um tem computador...
No Brasil, a cada três habitantes, em média todos têm telefone, dois têm TV e um tem computador. Foi o que apurou o professor titular de informática da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Meirelles, na 20ª pesquisa sobre o uso da informática no Brasil.
Existiam 60 milhões de PCs funcionando nas casas e nas empresas em maio. (Em maio de 2008, eram 50 milhões.) Para 2012, diz Meirelles, serão 100 milhões de PCs — um para cada dois habitantes.
Nas empresas, a maioria dos PCs (84%) possui um processador Pentium 4 ou superior, mas uma parte deles (14%) possui Pentium 2 e 3. Quase todos (92%) funcionam com o pacote de escritório da Microsoft, o Office; e poucos (7%) funcionam com pacotes para Linux, como o BrOffice, o StarOffice e o OpenOffice. O sistema operacional Windows, também da Microsoft, está instalado em 97% dos PCs.
Já nos servidores, o Windows roda em 60% das máquinas, e Unix/Linux, em 32%. Ano a ano, eles ocupam o espaço da Novell — que hoje roda em apenas 2% dos servidores.
>> pesquisa fgv – II
... e, nas empresas, todos os funcionários têm um teclado.
Desde 1998, o investimento em informática cresce em média 8% ao ano. Hoje, os executivos destinam 6% do faturamento da empresa para a TI. Atualmente, diz o professor Meirelles, o mercado de TI representa cerca de 7% do PIB nacional.
Com a crise, diz o professor, os gestores de TI não devem reduzir o investimento em informática — mas devem atrasar os investimentos. "O único jeito de gastar menos com TI é desinformatizando a empresa." E isso, ele diz, nenhuma empresa deve fazer.
Nas empresas, já existe um teclado por funcionário. Por conta disso, os gestores de TI das empresas gastaram R$ 18.800,00 por teclado instalado em 2008. Esse será o menor valor da história do custo anual por teclado, diz o professor Meirelles. Visto que a informática fica cada vez mais complexa, e visto que é cada vez mais usada, a partir de 2010 o custo anual por teclado "crescerá indefinidamente".
Que sistemas os funcionários usam
>> pesquisa fgv – III
As empresas buscam novos negócios na Internet
As empresas destinam um terço do investimento em TI para a Internet. Os negócios entre empresas, na Internet, cresceram 20% de 2007 para 2008; e os negócios entre empresas e pessoas comuns cresceram 30%.
De 434 empresas entrevistadas pelo professor Alberto Luiz Albertin, da Fundação Getúlio Vargas, 93% usam a Internet para manter algum relacionamento com o cliente. Agora, 70% delas também usam a Internet para manter relacionamento com fornecedores e subfornecedores.
Quando entraram na Internet, em 1998, as empresas pensavam que a Internet resolveria muitos problemas: ajudaria no relacionamento com o cliente, seria uma nova oportunidade de negócios, ajudaria na estratégia competitiva, ajudaria no relacionamento com os fornecedores, seria um novo canal de vendas e distribuição, promoveria produtos e serviços. Mas, com o passar dos anos, elas perceberam que teriam de priorizar ações.
O relacionamento com os clientes sempre foi importante, mas a tecnologia não estava à altura. Logo em 1999, as empresas desistiram de projetos grandes de personalização (em que o cliente, entre milhões de clientes, vê os produtos e serviços como se tivessem sido feito só para ele); e, a partir de 2001, desistiram de buscar novas oportunidades de negócios na Internet.
Em 2007, diz Albertin, as empresas voltaram a procurar novas oportunidades de negócios e clientes na Internet; e, em 2008, voltaram a pensar em personalização.