quarta-feira, 15 de julho de 2009

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A Cisco cria um conselho para acelerar o crescimento no Brasil


A Cisco criou, no mês passado, um conselho diretor para acelerar o crescimento no Brasil, pois a Cisco Brasil foi a que mais cresceu no ano fiscal de 2008 (que terminou em outubro). "Vamos trabalhar em múltiplos setores e múltiplas atividades", diz Rodrigo Abreu, presidente da Cisco Brasil. "Vamos olhar o potencial de várias tecnologias, arquiteturas e segmentos de mercado."
O conselho ajudará Rodrigo a tomar decisões e a receber mais rápido os investimentos. O grupo, formado por dez pessoas (da América Latina, dos Estados Unidos e do Brasil), já se reuniu uma vez e definiu atividades para os próximos meses. Entre outras atividades, eles devem se reunir mais com políticos. Rodrigo pretende fazer com que o governo entenda que a informática e as telecomunicações são tão importantes para a economia e o bem-estar social quanto é a infraestrutura de água e esgoto.
Durante muito tempo, a própria Cisco via a informática como a infraestrutura de uma empresa, e por isso a Cisco só vendia roteadores e switches. Mas, de uns poucos anos para cá, a Cisco vê empresas nas quais os sistemas de informática se confundem com a própria empresa. "Então, tudo que temos feito é para aumentar a presença nos mercados adjacentes àqueles em que a empresa começou."
A Cisco comprou empresas e começou a vender sistemas de telefonia IP, segurança, vídeo, comunicações unificadas, telepresença, datacenter; passou a atender também operadoras de telecomunicações e pequenas empresas. Já vende até sistemas de vídeo para o usuário doméstico.
Mas uma empresa, dizem os consultores especializados em gestão, deve se concentrar em no máximo cinco prioridades. Em 2007, a Cisco definiu 28; em 2008, 30. Entre elas, o Brasil.
Para administrar tantas prioridades, a Cisco implementou um sistema complexo de gestão colaborativa. Usa portais de relacionamento para identificar especialistas em determinados assuntos pelo mundo; e usa ferramentas de vídeo, comunicações unificadas e colaboração para fazer os funcionários conversar e se ajudar. "Em vez de concentrar a gestão em dois ou três executivos principais, a Cisco faz com que eles participem de conselhos que podem envolver 200, 300 pessoas ao redor do mundo."