quarta-feira, 15 de julho de 2009

>> telecom users forum – I
A CSN tenta garantir que as operadoras cumpram os níveis de serviço...


Há um ano e meio, Francisco José Ferreira, gerente de suporte técnico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), administrava contratos com diversas operadoras que forneciam os principais enlaces de dados pelo Brasil — 20 enlaces ao todo. Como estava ficando difícil administrar vários contratos, Francisco abriu uma concorrência para contratar enlaces do tipo MPLS; uma operadora ganhou o contrato e, desde então, fornece enlaces para voz, vídeo e dados. Com a mudança, Francisco passou a gastar 40% menos com telecom.
O custo caiu, mas não as exigências. A CSN pedia, em contrato, três horas para que um enlace de rede voltasse a funcionar, em caso de falha. Só em 2009, diz Francisco, uma unidade da CSN já ficou sete horas fora do ar. Quando uma unidade fica fora do ar, ela não acessa o CPD de Volta Redonda (RJ), e não consegue emitir notas fiscais eletrônicas. A unidade até que funciona, desde que os funcionários sigam processos manuais de contingência — o que custa caro e dá margem a erros. "A porcentagem de multa que as operadoras pagam", diz Francisco, "não paga quase nada do nosso prejuízo."
Para minimizar os problemas, Francisco e a equipe da operadora estudam uma forma de implementar um enlace redundante de fibras óticas no escritório central da CSN, em São Paulo. O trabalho começou no início de junho. "Estamos estudando qual a melhor alternativa no nosso caso." Quatro técnicos agora trabalham na redação de um contrato especial, que impeça a operadora de usar qualquer elemento de rede em comum para os dois enlaces.

>> telecom users forum – II

... enquanto pede propostas para portar 1.800 celulares e economizar 40%.


Em paralelo, Francisco termina de escrever uma RFP das operadoras celulares. Ele quer que uma operadora forneça os 1.800 celulares da CSN. "Queremos consolidar todos os números num só contrato." Hoje, 90% dos números da CSN são da TIM; os outros 10% estão divididos entre Claro, Oi, Vivo e Nextel. Será difícil, diz Francisco, encontrar numa operadora só todas as exigências da RFP: atender a CSN em todas as cidades e lugarejos em que mantém instalações, ajudar a equipe de TI da CSN a disponibilizar sistemas corporativos (como o ERP) pelo celular, e oferecer a mesma tarifa para os celulares vinculados a todos os CNPJs da CSN. "Geralmente", diz Francisco, "elas só oferecem a mesma tarifa para uma mesma empresa." Com a concorrência, Francisco pretende economizar 40%.

>> telecom users forum – III

Como foi o evento


Entre 2 e 5 de julho, um grupo de 50 executivos de empresas usuárias de telecomunicações viajaram para a praia de Guarajuba, na Bahia, para participar do Telecom Users Forum 2009, organizado pela Plano Editorial.
Os executivos conversaram sobre as dificuldades de administrar produtos e serviços de telecomunicações para a empresa na qual trabalham, viram três palestras de usuários de telecom (Accor Hospitality, O Boticário e Pfizer), e se reuniram cara a cara com vários fornecedores de produtos e serviços: AT&T, Avaya, Cisco, Eagle’s Flight, Hughes, Leucotron, Olitel, Polycom, Siemens Enterprise Communications, TIM e Venturus.