quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

>> controle por rádio - I
O Senai da Bahia abre um laboratório RFID...

O Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Senai da Bahia inaugurou na quinta-feira, 5, um laboratório de sistemas de identificação automática por rádio (RFID). Os pesquisadores do Cimatec querem ajudar as empresas da região a usar RFID. O pesquisador Lucas Travassos, analista de processos tecnológicos do Cimatec, precisou estudar muito para montar o laboratório.Lucas tem 30 anos e gosta de estudar: graduou-se em engenharia elétrica e fez mestrado em Santa Catarina, fez doutorado na França durante três anos. Depois do doutorado, foi trabalhar numa empresa de logística na Bélgica, onde conheceu a tecnologia RFID. Ele voltou ao Brasil em outubro de 2007, para trabalhar no Senai da Bahia. O Senai o contratou para montar um laboratório e testar interferências em aparelhos elétricos.Em 2008, Lucas pesquisou como a tecnologia RFID causava e sofria interferências. Durante a pesquisa, recebeu a visita de Luciana Cabrini, gerente de marketing da Saint Paul, uma empresa especializada em automação comercial. A Saint Paul atende empresas do polo de informática de Ilhéus e do polo industrial de Camaçari. Muitas empresas procuram Luciana para entender a tecnologia RFID, mas a Saint Paul só vende equipamentos e etiquetas. Para atender essas empresas, Luciana precisaria de uma infraestrutura para demonstrar e testar a tecnologia — algo que o Senai podia oferecer. Luciana deu a ideia: por que Lucas não pesquisava mais sobre RFID e atendia as empresas da região?

>> controle por rádio - II
... para ajudar as empresas da região a entender a tecnologia.

Lucas leu sobre o assunto, fez os cursos sugeridos por Luciana, conheceu os equipamentos, as vantagens e os problemas da tecnologia. “O mais difícil é aplicar a tecnologia em problemas práticos.” Por exemplo: um fabricante de computadores de Ilhéus queria reduzir os erros na linha de produção. Para resolver esse problema, Lucas teria de estudar todo o processo de fabricação do computador. Não basta conhecer RFID.Depois de estudar os processos da empresa, Lucas propôs uma etiqueta RFID no gabinete de cada computador. Conforme o gabinete passa pela esteira, a etiqueta recebe informações sobre cada componente incluído: qual o componente, quem o montou, a que horas, quanto tempo levou. Quando acontecer algum defeito repetitivo, o fabricante consegue descobrir se é um lote de componentes, ou se um funcionário monta computadores do jeito errado. Lucas ainda conversa com o fabricante de computadores, e quer fechar o contrato até março.No evento de quinta-feira, o pessoal do laboratório simulou uma linha de produção para 70 visitantes. Lucas espera que, depois de ver a simulação, as empresas se interessem por RFID.