quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

>> inquérito eletrônico
A Polícia Federal cadastra novos policiais para usar o sistema de análise de dados

Até julho de 2009, os técnicos do Centro Integrado de Inteligência Policial e Análise Estratégica (Cintepol) querem integrar todos os bancos de dados em que, desde 2003, eles arquivam os crimes investigados por policiais federais. Os policiais poderão acessar esses dados através do I2, o sistema de análise de dados da Polícia Federal. Marcelo Passos, gerente do Cintepol, já cadastrou 300 policiais para usar os recursos do I2 já prontos, como cadastrar dados sobre os inquéritos em andamento, arquivar provas e gerar gráficos. No entanto, só 120 policiais usam o sistema. “Não pude liberar o I2 para os outros usuários por falta de espaço.” A quantidade de dados que os policiais cadastraram no sistema já chega perto de 30 terabytes, a capacidade máxima da máquina de armazenar dados que Marcelo comprou em 2008.Marcelo se juntou à equipe do Cintepol em agosto de 2008. “Ajudei a integrar vários aplicativos diferentes e consertar todas as falhas do sistema.” Em outubro de 2008, a equipe terminou os primeiros recursos do I2 e cadastrou os primeiros policiais. Desde então, Marcelo treinou outros 1.200 policiais para utilizar o I2. Os 300 policiais já cadastrados acessam o sistema de qualquer computador ou celular do tipo smartphone, através de uma senha dinâmica.Em janeiro, Marcelo resolveu aumentar a capacidade da máquina de armazenar dados para 150 terabytes; a máquina ficará pronta em maio. Depois, ele cadastrará mais 1.500 usuários. Além disso, quando a equipe do Cintepol integrar todos os bancos de dados, Marcelo vai centralizar todas as operações na máquina do Cintepol e integrará os aplicativos de buscas e análise estatística de dados ao I2. “Os policiais”, diz Marcelo, “não investigarão mais a partir do zero.”Marcelo e equipe querem centralizar todas as informações dos inquéritos da Polícia Federal num único banco de dados para, no futuro, implementar o inquérito eletrônico. “Quando a Polícia Federal adotar, as polícias estaduais com certeza vão aderir.” Enquanto a equipe do Cintepol não termina o sistema, os inquéritos da Polícia Federal continuam em papel, mas os policiais federais já armazenam os dados dos novos inquéritos no banco de dados, através do I2. “Assim como o processo eletrônico”, diz Marcelo, “o inquérito eletrônico já não está tão distante.”