quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

>> desbravamento – I
Os técnicos da Embratel testam fibras óticas no fundo do Rio Amazonas...

Os técnicos da Embratel jogaram 1 quilômetro de cabo de fibras óticas no Rio Amazonas, numa área perto de Manaus. Eles querem estudar como o cabo se comporta no fundo do rio. “Quando a gente joga o cabo no oceano, ele bate no chão e para”, diz Maria Teresa Azevedo Lima, diretora executiva da Embratel. “No Amazonas, o leito é mole e o cabo afunda.”Na época de chuvas, a vazão da água é tão forte, diz Maria Teresa, que pode carregar ou romper as fibras. Os técnicos medem a tensão no cabo e estudam como ele se movimenta no fundo do rio. Por enquanto, eles testam só a parte física das fibras óticas, sem enviar sinal de comunicação.Eles jogaram o cabo no dia 3 de fevereiro, num trecho onde a distância entre as margens é mais curta mesmo no período de chuvas. “A largura do rio pode variar de 2 a 3 quilômetros na época da seca até dez quilômetros na época das chuvas.” Até maio, eles devem ter uma avaliação de uma época com mais chuvas, mais vazão, mais movimentação do cabo no leito.Para fazer o teste, os técnicos conseguiram uma licença temporária do Ibama.

>> desbravamento – II
... depois de testar e instalar cabos em postes no meio da floresta.

Os técnicos da Embratel já testaram as fibras óticas na floresta amazônica. Em 2004, eles enterraram postes de madeira e instalaram os cabos de fibras óticas no alto, num trecho entre Manaus e Porto Velho. Analisaram como os insetos, os macacos e as aves reagiam ao cabo. Segundo Maria Teresa, nenhum bicho atacou o cabo. Em 2007, a Embratel lançou serviços na região. Até então, ela só atendia a região por satélite. Para instalar o cabo na Amazônia, a Embratel comprou carros e motos adaptados para andar na floresta, construiu pontes, treinou moradores locais para vigiar o cabo. Gastou R$ 100 milhões numa rede de 900 quilômetros.