quarta-feira, 8 de abril de 2009

>> lixo moderno
Pesquisa dá aos governantes licença para cobrar

Se um governante pretende reduzir a quantidade de lixo eletrônico, deve instituir uma nova taxa, a ser cobrada no momento em que o consumidor compra um equipamento eletrônico novo. A recomendação veio de uma cientista da Universidade de Stanford, Erica Plambeck, e de um cientista a serviço da Alcatel-Lucent, Qiong Wang.
Os dois usaram várias ferramentas da matemática para estudar a eficiência de dois métodos: [1] o governante cobra uma taxa no momento da compra, e usa a taxa para financiar a coleta e a reciclagem do lixo eletrônico; [2] o governante obriga os fornecedores a organizar a coleta, e cobra uma taxa no momento do descarte para financiar só a reciclagem.
Com as simulações matemáticas, os dois demonstraram que o primeiro método (taxa na compra) funciona melhor do que o segundo: cai a quantidade de lixo eletrônico, e o lucro dos fabricantes aumenta. (Pois cai o número de novas versões do mesmo equipamento, e aumenta a qualidade dos equipamentos postos à venda; os consumidores pagam um pouco a mais, já que o equipamento vai durar mais.) Nos Estados Unidos, o governo não consegue cobrar taxas na compra porque os fabricantes se opõem.
Uma informação importante: nas simulações dos dois, o governante cumpre o que promete. Ele cobra a taxa, mas coleta o lixo eletrônico e recicla. De verdade.