quarta-feira, 20 de maio de 2009

>> efeitos da crise
A DBA aumenta as vendas para o governo


Danilo Meth, presidente da DBA, em setembro achava que a empresa faturaria R$ 190 milhões, mas ele desistiu da meta. Agora espera o fim de cada trimestre para ver o que acontecerá. “Estamos com aquela sensação de bipolar: 15 dias de otimismo, 15 dias de pessimismo.”
Desde que a crise econômica começou, os clientes do setor privado encomendaram 15% menos de software para a DBA. Como eles só pagam pelo que encomendam, a DBA deixou de faturar esses 15%. Quem manteve projetos, pediu mais tempo para pagar. No primeiro semestre de 2008, eles pagavam em 22 dias; no segundo semestre de 2008, em 35 dias; e agora, no primeiro semestre de 2009, pagam em 55 dias.
No ano passado, por conta de uma mudança no contrato com a Caixa Econômica Federal, Danilo fechou a fábrica de software no Rio de Janeiro e demitiu 150 pessoas. Algumas ele mandou para São Paulo e outras para Brasília, para reforçar a equipe que atende o setor público.
Como resultado de negociações antigas, a DBA ganhou várias licitações em 2008: ganhou a conta da Anatel, renovou o contrato com a Caixa Econômica Federal. Hoje, as contas da Caixa, da Petrobras e do Banco do Brasil representam 80% da produção e do faturamento.
“Não foi uma estratégia pensada, essa de atravessar a crise vendendo para o governo, mas foi o que aconteceu.” A DBA já privilegiava o governo antes da crise. Este ano, pela primeira vez em 20 anos, a DBA fatura menos no Rio e mais em Brasília.