quarta-feira, 25 de março de 2009

>> pesquisa - I
A Ericsson começa a desenvolver software para redes IMS em abril...


Em janeiro de 2009, Trond Fidge, vice-presidente do centro de pesquisa e desenvolvimento da Ericsson no Brasil, pediu para Christiano Vasconcellos, gerente de projetos, liderar um novo projeto: a Ericsson iria desenvolver aplicativos de serviços para combinar voz, vídeo, mensagens instantâneas ou de texto, mas aplicativos no padrão IMS (subsistema multimídia IP). Quando as operadoras investirem nesse tipo de rede, disse Fidge, elas comprarão software para montar os novos serviços. Fidge entregou a lista de equipamentos necessários num laboratório de IMS. Christiano pesquisou preços com vários fornecedores para comprar os servidores e os celulares. "O nosso orçamento não dava."
Em março de 2008, executivos suecos da Ericsson queriam entender que tipo de serviços poderiam criar baseados em redes IMS e, para isso, convocaram técnicos dos 17 centros de P&D na Ericsson em todo o mundo. Contudo, na maioria dos centros, diz Fidge, seria necessário contratar novos técnicos para enviar à Suécia. "É demorado contratar gente qualificada."
No Brasil, Fidge tem uma vantagem: dois terços dos técnicos que desenvolvem software para a Ericsson são de parceiros, como o Inatel e o Venturus. Quando ele precisa de técnicos para um projeto, ele não contrata ninguém; é só ligar para os parceiros. Em menos de um mês, os técnicos brasileiros viajaram para a Suécia. Em junho de 2008, eles apresentaram um software de demonstração para os 200 executivos mais importantes da Ericsson. "Eles perceberam que investir em P&D no Brasil compensa", diz Fidge, "pelo custo e pela motivação dos técnicos."

>> pesquisa - II
... depois de reduzir os custos para montar um laboratório de IMS em 60%.


Para manter o Brasil no negócio, Christiano precisava encontrar uma maneira de baixar o custo do laboratório. Em fevereiro de 2009, ao conversar com um colega (Élvio Neto), Christiano descobriu que a Ericsson mantinha 12 estações de testes com equipamentos à toa, e ele transferiu os equipamentos para o laboratório de IMS. Além disso, em vez de usar aparelhos celulares de verdade, Christiano decidiu usar um software que simula o funcionamento de um celular. Depois das mudanças, Christiano gastou 60% a menos para montar o laboratório.
Na segunda semana de março, Christiano e equipe começaram a usar o laboratório para analisar quais das ideias de software a equipe desenvolverá a partir de 10 de abril. Entre elas, está um software para IPTV e outro para integrar serviços de voz, vídeo, chat e mensagens de texto. "O dono do celular poderá escolher como quer ser encontrado." Depois de desenvolver o software, os técnicos brasileiros viajarão para a Suécia para demonstrá-lo aos executivos da Ericsson; eles usarão os software para convencer as operadoras a investir em redes IMS. Outros técnicos da Ericsson na Índia, Inglaterra e Suécia também participam do projeto.