quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

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O CPqD transfere tecnologia à WxBr

Hélio Graciosa, presidente, e Ralph Robert Heinrich, diretor de redes, ambos do CPqD, assinaram um contrato em 29 de fevereiro com a WxBr, um consórcio de empresas formado por AsGa, Icatel, Trópico e Padtec. No contrato, o CPqD se compromete a transferir a tecnologia das estações centrais de rádio e das estações de clientes nas frequências de 2,5 GHz e 3,5 GHz; em troca, a WxBr pagará ao CPqD uma porcentagem sobre o valor de cada equipamento vendido.O CPqD pesquisa a tecnologia WiMAX há três anos. Em junho de 2008, os pesquisadores terminaram os primeiros protótipos. Carlos Klemz, presidente da WxBr, propôs uma parceria ao CPqD, para desenvolver uma nova geração de rádios WiMAX. “Não basta ter um bom protótipo”, diz Klemz. “Para ser competitivo, precisamos fabricá-lo em série.” Desde julho de 2008, seis técnicos da WxBr trabalham com a equipe do CPqD.Além da parceria com o CPqD, Klemz assinou outros contratos com empresas de Taiwan, para as quais a WxBr vai vender estações mais simples e mais baratas. “É difícil chegar ao mesmo preço dos fabricantes de Taiwan.”No segundo semestre de 2009, fica pronto o primeiro produto: uma estação para empresas pequenas ou médias. Até o final do ano, diz Klemz, a equipe também deve terminar a primeira estação central. “A equipe também desenvolve um software de gerência que será disponibilizado junto com os equipamentos.”Parte do projeto, diz Klemz, está sendo financiada pelo Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). Até agora, o único investimento da WxBR foram os seis técnicos. No entanto, quando a estação de clientes ficar pronta, Klemz arcará com as despesas para certificar o equipamento na Anatel, incrementar a fábrica da AsGa (que fabricará essas estações) e enquadrar o equipamento no Processo Produtivo Básico (PPB), para assim obter isenção de alguns impostos, como o IPI, em troca de investimentos em P&D. “Enquanto isso”, diz Klemz, “visito potenciais clientes, como as operadoras, para desenvolver novos negócios.”