terça-feira, 27 de janeiro de 2009

>> projeto difícil - II
... mas procuradores resistem a um sistema único...

Por dois anos, os técnicos do MPF viajaram o Brasil todo para levantar os requisitos do sistema — Paulo não participava diretamente do projeto, então ficou em Brasília. Quando chegou a hora de desenvolver o sistema, em 2005, os técnicos tinham encruzilhadas para resolver.As pessoas de uma unidade defendiam ferrenhamente alguns pontos, e as pessoas de outras unidades defendiam ferrenhamente os mesmos pontos, mas de outro jeito. “A resistência das pessoas é a coisa mais difícil aqui dentro”, diz Paulo. E como a informática não tinha poder para resolver, o novo procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, soltou uma portaria para criar uma comissão de procuradores para ajudar na construção do Único.A comissão é presidida pelo vice-procurador-geral da República e formada por outros quatro procuradores de cada área do MPF. Eles se reúnem uma vez por mês em Brasília; nas reuniões, Paulo e os técnicos levam os problemas e a comissão resolve, decide qual modelo seguir, o que fazer, o que adiar. Eles ajudam na aceitação do sistema, organizam treinamentos e palestras. “A missão da comissão é falar e falar, explicar, mostrar o futuro.”